RESIDÊNCIA GONÇALVES

Nesta construção mineira, as pedras do local se harmonizam com as madeiras de manejo sustentável.

Nesta construção mineira, as pedras do local se harmonizam com as madeiras de manejo sustentável. O sol e o vento abastem a energia da casa de 262 metros quadrados projetada pelo arquiteto e designer Carlos Motta. Com um terreno de localizado a 1850 metros de altitude no sul de Minas Gerais, a casa foi feita em Areira nos pilares e Itaúba nos vigamentos e tábuas de fechamento externo. Apenas parte da casa toca o terreno, as áreas molhadas como banheiros e cozinha, o restante fica suspenso sobre pilotis.

A alvenaria foi executada em pedras retiradas do próprio local e também é usada na estrutura das lareiras e na parede de fechamento da cozinha. A estrutura funciona ainda como estante-despensa de um lado e bancada da pia do outro. O piso foi feito em madeira Cumaru e as paredes e forro em Angelim-Pedra. A escolha da madeira por Carlos Motta para os revestimentos internos se deve ao conforto térmico já que as temperaturas são mais baixas nessa região, mesmo no verão.

O projeto procurou provocar o menor impacto ambiental possível no terreno, uma preocupação recorrente de Carlos Motta e também foram previstas fontes sustentáveis de energia. Atrás da construção, foram instaladas placas fotovoltaicas e um aerogerador captam as energias solar e eólica para abastecer a casa. Outra série de placas de energia solar aquece a água, canalizada desde as nascentes da propriedade e armazenada em um boiler. Em dias nublados a água pode ainda ser aquecida pela serpentina que passa pelo fogão a lenha, explicou o arquiteto especializado neste tipo de obra.
 
Ficha Técnica:
Local: Gonçalves-MG
Área: 262 m2
Projeto de Arquitetura: Carlos Motta
Fotos: Rômulo Fialdini