O NOVO TRABALHO DE ADRIANA VAREJÃO

São mais 30 auto retratos da artista carioca pintados com tonalidades de pele diferentes.

Publicado em: 08/04/2014
O ano de 2014 para Adriana Varejão aqui no Brasil começa com novidades. A artista carioca, considerada como uma das mais influentes na arte contemporânea mundial, abre nova exposição, no galpão da Galeria Fortes Vilaça, em São Paulo. Aberta a visitação até 17 de maio, a mostra “Polvo” traz uma impressionante série de 33 auto retratos de Varejão nos quais ela explora, mais uma vez, o tema da miscigenação.



Ela, que já abordou este assunto em obras como “Ex-votos e peles” (de 1993) e “Testemunhas oculares x, y e z” (de 1997, em que se retratou como moura, índia e chinesa), encontrou inspiração para este novo trabalho em um censo do IBGE de 1976, no qual foi feita uma pergunta aberta aos brasileiros: “Qual a sua cor de pele?”. Ao todo, foram 136 respostas diferentes que traziam nomes como morena-bem-chegada, puxa-para-branco, morena-jambo e o que Adriana Varejão mais se identifica: branca melada.





Para o projeto, a artista firmou uma parceria com uma fabricante de tintas a óleo nacional e desenvolveu 33 cores baseadas nos nomes da lista e produziu com este material seus autorretratos e ainda 12 telas com a palheta de cores utilizada por Adriana. Outro item da exposição é a caixa de madeira com as 33 bisnagas, em tiragem de 200 unidades.





Simultaneamente, ela lança o livro “Pérola imperfeita: A história e as histórias de Adriana Varejão” (Cobogó/Companhia das Letras), que traz uma retrospectiva da sua carreira escrito junto com a historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. No dia 24 de abril, a Lehmann Maupin Gallery, em Nova York recebe a mostra “Polvo”, com 12 retratos.



A ARTISTA
Carioca, Adriana Varejão possui obras nos acervo dos principais museus do circuito internacional, como o Guggenheim e o Tate Modern. Suas telas são vendidas por valores astronômicos, como por exemplo a obra Parede com Incisões à la Fontanaversão II, que foi vendida, em 2011, por mais de três milhões de reais em leilão na Christie's, de Londres, tornando-se o mais alto valor pago por um trabalho de artista brasileiro ainda vivo.





A artista se vale tanto de telas, como azulejos e instalações escultóricas para expressar sua arte, que muitas vezes apresentam uma aparência carnal, carregadas de teatralidade, ou ainda imagens que nos remetem à história colonial brasileira e a estruturas cartográficas. Uma outra fonte de inspiração para Varejão é a cultura oriental, principalmente a chinesa – onde já esteve e estudou o idioma e a filosofia nacionais.



O Portal Anual Design já falou sobre Adriana Varejão em uma matéria que fizemos sobre o museu de Inhotim, em Minas Gerais. Leia mais sobre ela e outros artista aqui.

COMENTÁRIOS

  • Daniel Fu - 10/06/2016 10h36
    Belo trabalho de Adriana Varejão!
  • Herbert Henn - 09/04/2014 15h41
    lindo!!!!

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