HELSINQUE
Uma das 5 cidades mais interessantes sobre arquitetura e design, a capital da Finlândia é exemplo vivo de cidade milenar com design atual.
Publicado em: 09/10/2013
Todo fã de arquitetura e design sonha conhecer Helsinque. Nela, o design foi e continua sendo uma ferramenta importante para a construção de uma cidade aberta e a principal alavanca para seu desenvolvimento sócio-econômico e cultural. A capital da Finlândia, com cerca de seiscentos mil habitantes, já ocupou a sétima posição no ranking mundial de Qualidade de Vida organizado pela revista The Economist. Estabilidade política e econômica, saúde, meio ambiente, educação e infraestrutura não são problemas para Helsinque, cidade que vive intensamente os curtos dias de primavera e de verão reservados à Finlândia.
CAFÉS MULTIUSO


A população que anualmente vivencia o chamado inverno boreal fez dos cafés uma instituição nacional. Como nos pubs da Grã Bretanha, ali todos se refugiam para beber e comer, trabalhar ou conviver, durante todo o dia e à noite. A ambientação lounge, o conforto do mobiliário, a música e a boa comida convidam as pessoas a permanecer no ambiente.
Quando chega a primavera ampliando o período de insolação, ou mesmo quando os festivais de música invadem as áreas verdes da cidade no verão, os cafés continuam sendo frequentados por longas horas.Espalhados por toda Helsinque, esses pontos de encontro atendem a públicos diversos e apresentam grande variação no preço dos produtos e do serviço, como em qualquer bar ou restaurante que sejam atrações turísticas em todo o mundo.
No Kamp Galeria, o cuidado começa pelos talheres de prata e se estende pelo espetacular bufê rico na sutileza dos sabores. Suaves, de sabor delicado, os doces são recomendáveis, mesmo para aqueles que não têm predileção pelo açúcar.
MARCO ZERO


Rautatieasema é a estação central de Helsinque. Localizada no coração da cidade, é o ponto de convergência e interseção de trens, bondes, metrô e ônibus, que realizam o transporte coletivo entre bairros, e ligam Helsinque às cidades finlandesas e às de outros países da Europa.
Datado de 1914, o edifício, um magnífico exemplar de estilo art nouveau tardio, foi projetado por um ícone da arquitetura e do design finlandês: Eliel Saarinen. O granito rosa que reveste sua fachada, sua entrada principal ladeada por dois pares de grandes estátuas que levam nas mãos luminárias em forma de globo desenhadas por Emil Wikström e a torre do relógio são familiares a todos os finlandeses.
O vai e vem das pessoas dá grande dinamismo e fluidez ao ambiente, tanto na parte externa do prédio quanto em seu interior, acolhedor com seus tons de bege, suas madeiras e suas luminárias antigas.
A CIDADE DESIGN

Helsinque oferece um lugar ideal para quem deseja conhecer e adquirir produtos de design finlandês, conhecido pelo minimalismo de suas linhas e formas. Localizado no centro da cidade, o Design District Helsinque é constituído por lojas de design, estúdios de decoração de interiores, antiquários, butiques de roupas, joalherias, ateliês de artistas, galerias de arte, museus, cafés e restaurantes. O design moderno lado a lado com o design clássico e a arquitetura art nouveau presente em edifícios das vinte e cinco ruas onde estão distribuídas as lojas do distrito, possibilitam ao visitante uma agradável viagem no tempo: passado, presente e futuro simultaneamente.
MUSEU DESCOLADO

Nos últimos cem anos, a Finlândia consolidou-se como o centro mundial de design, criando mobiliário, brinquedos, produtos eletrônicos, roupas, jóias e objetos para casa, em uma demonstração incontestável da sensibilidade única do país. Uma excelente amostra do estilo pode ser vista no Museu de Design de Helsinque.
Fundado em 1873 com o objetivo de pesquisar e documentar o design, o museu funcionou até 1978, como escola para a formação de designers. O prédio que abriga sua coleção de 35.000 objetos, 40.000 desenhos e 100.000 imagens foi projetado em 1894, em estilo neo-gótico, por Gustaf Nyström. Embora a ênfase do museu esteja no design finlandês, seus três pavimentos oferecem um panorama do design mundial, incluindo o design industrial, o fashion e o gráfico. Apesar da maioria das peças do museu apresentar um evidente aspecto futurista, o visitante pode ter, também, uma boa visão do movimento romântico nacional dos anos finais do século XlX e início do século XX.
De maneira geral, é marcante a presença do estilo desenvolvido pelo arquiteto Alvar Aalto, personagem central na história do design finlandês e profissional respeitado na cena modernista europeia.
ALVAR AALTO


Se aceitarmos a teoria de que a forma do objeto é determinada pelo seu uso, podemos melhor apreciar o trabalho do mais prestigiado arquiteto finlandês: Alvar Aalto. Suas ideias são uma síntese dos ecos modernistas do resto da Europa com uma visão funcionalista da arquitetura, recusando qualquer abordagem que tenha o estilo como fim. No entanto, o funcionalismo foi somente uma fase em seu trabalho, um passo no caminho para estabelecimento de relações orgânicas entre o homem, a natureza e as edificações. Foi a habilidade de Aalto em coordenar estes três componentes que proporcionou beleza a seu trabalho.
Nascido em 1898, em Kuortane, Alvar Aalto foi aluno do Instituto Politécnico Finlandês em Helsinque, formando-se em arquitetura em 1921. Sua primeira parceria criativa foi com Aino Marsio (1898-1949), que se tornou sua esposa. De 1927 a 1933, trabalhou com Erik Bryggman, outro importante arquiteto finlandês.
Reconhecido como um dos primeiros e mais influentes arquitetos do movimento moderno escandinavo, Alvar Aalto foi eleito membro do Congrès Internationaux d’Architecture Moderne (CIAM). Em 1940, ingressou como professor na Faculdade de Arquitetura do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.
Seu trabalho abrange uma gama de atividades que vai de projetos arquitetônicos importantes como o da Universidade Politécnica de Otaniemi, da prefeitura de Saynatsalo e do campus da Universidade de Tecnologia, em Helsinque, ao planejamento urbano, ao mobiliário, à estamparia, à joalheria, indo até à concepção de objetos em vidro, como é o caso do curvilíneo Vaso Savoy.
No campo do mobiliário Aalton criou móveis onde o emprego da madeira se faz de forma orgânica e racional. Utiliza uma técnica na qual o compensado é moldado de forma a serem obtidas peças curvas, esbeltas e que, entretanto, suportam bem o peso de uma pessoa. Em 1935 fundou a Artek Ltda. para a execução e distribuição de seus móveis. Inovadores, os produtos que, ainda hoje, levam o nome Artek devem, obrigatoriamente, ser funcionais e ter uma estética atemporal.
Para Alvar Aalto, arquitetura e design eram indissociáveis. Falecido em 1976, sua herança é um patrimônio cultural para a Finlândia, preservado em um museu, uma escola e uma fundação que imortalizam seu nome.
FÁBRICA DE TALENTOS


Uma fábrica de cabos elétricos e de telefone, desativada em 1985, foi adquirida pela cidade de Helsinque para, em 1991, ali ser construído o maior centro cultural independente da Finlândia: o Kaapelitehdas, chamado simplesmente de Kaapeli. O Kaapeli oferece espaços permanentes ou temporários para o desenvolvimento de diferentes formas de arte e educação. Abriga três museus (Museu de Fotografia, Museu do Teatro, Museu do Hotel e Restaurante), treze galerias de arte, salas de teatro e cinema, escolas de arte, estações de rádio, restaurante e café, além de espaços alugados para empresas e para artistas que ali mantêm seus estúdios e ateliês.
Nas instalações do Kaapeli também há espaço para concertos, exposições, festivais e feiras. Cerca de duzentas mil pessoas circulam por ali anualmente.
O Centro de Arte Kaapeli integra a Trans Europe Halles, uma rede europeia de quarenta e nove centros culturais independentes distribuídos em vinte e cinco países, com grande capacidade de intercâmbio e cooperação.
CAFÉS MULTIUSO


A população que anualmente vivencia o chamado inverno boreal fez dos cafés uma instituição nacional. Como nos pubs da Grã Bretanha, ali todos se refugiam para beber e comer, trabalhar ou conviver, durante todo o dia e à noite. A ambientação lounge, o conforto do mobiliário, a música e a boa comida convidam as pessoas a permanecer no ambiente.
Quando chega a primavera ampliando o período de insolação, ou mesmo quando os festivais de música invadem as áreas verdes da cidade no verão, os cafés continuam sendo frequentados por longas horas.Espalhados por toda Helsinque, esses pontos de encontro atendem a públicos diversos e apresentam grande variação no preço dos produtos e do serviço, como em qualquer bar ou restaurante que sejam atrações turísticas em todo o mundo.
No Kamp Galeria, o cuidado começa pelos talheres de prata e se estende pelo espetacular bufê rico na sutileza dos sabores. Suaves, de sabor delicado, os doces são recomendáveis, mesmo para aqueles que não têm predileção pelo açúcar.
MARCO ZERO


Rautatieasema é a estação central de Helsinque. Localizada no coração da cidade, é o ponto de convergência e interseção de trens, bondes, metrô e ônibus, que realizam o transporte coletivo entre bairros, e ligam Helsinque às cidades finlandesas e às de outros países da Europa.
Datado de 1914, o edifício, um magnífico exemplar de estilo art nouveau tardio, foi projetado por um ícone da arquitetura e do design finlandês: Eliel Saarinen. O granito rosa que reveste sua fachada, sua entrada principal ladeada por dois pares de grandes estátuas que levam nas mãos luminárias em forma de globo desenhadas por Emil Wikström e a torre do relógio são familiares a todos os finlandeses.
O vai e vem das pessoas dá grande dinamismo e fluidez ao ambiente, tanto na parte externa do prédio quanto em seu interior, acolhedor com seus tons de bege, suas madeiras e suas luminárias antigas.
A CIDADE DESIGN

Helsinque oferece um lugar ideal para quem deseja conhecer e adquirir produtos de design finlandês, conhecido pelo minimalismo de suas linhas e formas. Localizado no centro da cidade, o Design District Helsinque é constituído por lojas de design, estúdios de decoração de interiores, antiquários, butiques de roupas, joalherias, ateliês de artistas, galerias de arte, museus, cafés e restaurantes. O design moderno lado a lado com o design clássico e a arquitetura art nouveau presente em edifícios das vinte e cinco ruas onde estão distribuídas as lojas do distrito, possibilitam ao visitante uma agradável viagem no tempo: passado, presente e futuro simultaneamente.
MUSEU DESCOLADO

Nos últimos cem anos, a Finlândia consolidou-se como o centro mundial de design, criando mobiliário, brinquedos, produtos eletrônicos, roupas, jóias e objetos para casa, em uma demonstração incontestável da sensibilidade única do país. Uma excelente amostra do estilo pode ser vista no Museu de Design de Helsinque.
Fundado em 1873 com o objetivo de pesquisar e documentar o design, o museu funcionou até 1978, como escola para a formação de designers. O prédio que abriga sua coleção de 35.000 objetos, 40.000 desenhos e 100.000 imagens foi projetado em 1894, em estilo neo-gótico, por Gustaf Nyström. Embora a ênfase do museu esteja no design finlandês, seus três pavimentos oferecem um panorama do design mundial, incluindo o design industrial, o fashion e o gráfico. Apesar da maioria das peças do museu apresentar um evidente aspecto futurista, o visitante pode ter, também, uma boa visão do movimento romântico nacional dos anos finais do século XlX e início do século XX.
De maneira geral, é marcante a presença do estilo desenvolvido pelo arquiteto Alvar Aalto, personagem central na história do design finlandês e profissional respeitado na cena modernista europeia.
ALVAR AALTO


Se aceitarmos a teoria de que a forma do objeto é determinada pelo seu uso, podemos melhor apreciar o trabalho do mais prestigiado arquiteto finlandês: Alvar Aalto. Suas ideias são uma síntese dos ecos modernistas do resto da Europa com uma visão funcionalista da arquitetura, recusando qualquer abordagem que tenha o estilo como fim. No entanto, o funcionalismo foi somente uma fase em seu trabalho, um passo no caminho para estabelecimento de relações orgânicas entre o homem, a natureza e as edificações. Foi a habilidade de Aalto em coordenar estes três componentes que proporcionou beleza a seu trabalho.
Nascido em 1898, em Kuortane, Alvar Aalto foi aluno do Instituto Politécnico Finlandês em Helsinque, formando-se em arquitetura em 1921. Sua primeira parceria criativa foi com Aino Marsio (1898-1949), que se tornou sua esposa. De 1927 a 1933, trabalhou com Erik Bryggman, outro importante arquiteto finlandês.
Reconhecido como um dos primeiros e mais influentes arquitetos do movimento moderno escandinavo, Alvar Aalto foi eleito membro do Congrès Internationaux d’Architecture Moderne (CIAM). Em 1940, ingressou como professor na Faculdade de Arquitetura do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.
Seu trabalho abrange uma gama de atividades que vai de projetos arquitetônicos importantes como o da Universidade Politécnica de Otaniemi, da prefeitura de Saynatsalo e do campus da Universidade de Tecnologia, em Helsinque, ao planejamento urbano, ao mobiliário, à estamparia, à joalheria, indo até à concepção de objetos em vidro, como é o caso do curvilíneo Vaso Savoy.
No campo do mobiliário Aalton criou móveis onde o emprego da madeira se faz de forma orgânica e racional. Utiliza uma técnica na qual o compensado é moldado de forma a serem obtidas peças curvas, esbeltas e que, entretanto, suportam bem o peso de uma pessoa. Em 1935 fundou a Artek Ltda. para a execução e distribuição de seus móveis. Inovadores, os produtos que, ainda hoje, levam o nome Artek devem, obrigatoriamente, ser funcionais e ter uma estética atemporal.
Para Alvar Aalto, arquitetura e design eram indissociáveis. Falecido em 1976, sua herança é um patrimônio cultural para a Finlândia, preservado em um museu, uma escola e uma fundação que imortalizam seu nome.
FÁBRICA DE TALENTOS


Uma fábrica de cabos elétricos e de telefone, desativada em 1985, foi adquirida pela cidade de Helsinque para, em 1991, ali ser construído o maior centro cultural independente da Finlândia: o Kaapelitehdas, chamado simplesmente de Kaapeli. O Kaapeli oferece espaços permanentes ou temporários para o desenvolvimento de diferentes formas de arte e educação. Abriga três museus (Museu de Fotografia, Museu do Teatro, Museu do Hotel e Restaurante), treze galerias de arte, salas de teatro e cinema, escolas de arte, estações de rádio, restaurante e café, além de espaços alugados para empresas e para artistas que ali mantêm seus estúdios e ateliês.
Nas instalações do Kaapeli também há espaço para concertos, exposições, festivais e feiras. Cerca de duzentas mil pessoas circulam por ali anualmente.
O Centro de Arte Kaapeli integra a Trans Europe Halles, uma rede europeia de quarenta e nove centros culturais independentes distribuídos em vinte e cinco países, com grande capacidade de intercâmbio e cooperação.