Sesc Pompeia

O projeto de Lina Bo Bardi para o Sesc Pompeia tornou-se um referencial arquitetônico, não só para o Brasil, mas ...

O projeto de Lina Bo Bardi para o Sesc Pompeia tornou-se um referencial arquitetônico, não só para o Brasil, mas também para o mundo. O edifício com aberturas irregulares e jogo de rampas transformou a paisagem da capital paulista com uma expressividade carregada que torna o prédio um mistério, convidando as pessoas a entrar. Localizado na Rua Clélia, o Sesc Pompeia tem capacidade de atendimento para 5 mil pessoas por dia e também é palco de apresentações artísticas e culturais.
 
O edifício era uma antiga fábrica de tambores. Lina conseguiu preservar no projeto a memória da cidade industrial e ao mesmo tempo adequar o prédio às novas necessidades. Toda em concreto aparente, a construção ganhou duas torres no final do lote, conectadas por rampas. A primeira possui buracos no lugar das janelas, a segunda tem janelas quadradas, salpicadas de forma aleatória pela fachada. Entre elas ficam os vestiários e quadras e são ligadas por oito passarelas em concreto protendido que vencem vãos de até 25 metros, criando uma atmosfera expressionista. O córrego canalizado das Águas Pretas que passa sob as passarelas recebeu um deck de madeira.
 
Lina optou por manter os galpões da antiga fábrica e foram incorporados na reforma da fábrica e construção das torres alguns processos construtivos artesanais. A exemplo dos coletores de águas pluviais da rua interna, os mosaicos dos banheiros que remetem a construções populares, o espelho d´água com seixos rolados que permeiam o espaço livre do galpão. A rua interna do Sesc funciona como um prolongamento do espaço da cidade.
 
O programa inclui: teatro com 800 lugares, restaurante, choperia, biblioteca, área de vídeo, oficinas de artes, laboratório fotográfico, piscina aquecida com deck solário, ginásio de esporte, quadras poliesportivas, salas de ginástica e dança, consultórios odontológicos, bar e lanchonete, entre outros. No interior da construção, a arquiteta priorizou a interação entre as pessoas. Os ambientes divididos por barreiras semiabertas e o mobiliário, composto por mesas e cadeiras conjugadas, foram desenhados com esse objetivo.
 
O Sesc Pompeia tornou-se até objeto de uma tese da doutorado de Luis Antônio Jorge que escreveu: “A antiga Fábrica de Tambores da Pompeia tornou-se um marco nos debates sobre revitalização no Brasil, a começar pelos cursos de arquitetura.”
 
Ficha técnica:
Localização: São Paulo-SP
Ano: 1977/1982
Área: 16.573,00 m² terreno - 22.026,02 m² construída
Projeto de Arquitetura: Lina Bo Bardi
Fotos: Divulgação

COMENTÁRIOS

  • Jane Mary Da Silva - 30/05/2015 19h51
    Boa Noite! Estou cursando design de interiores, e semana passada fomos até o Sesc Pompeia conhecer o seu prejeto arqitetonico,já frequentava o Sesc há muitos anos, porém desta vez ohei para ele com outros olhos,, como eu admirei sua parte arquitetonica.

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