Fotografia e desastre
Fotógrafo faz série que registra os rastros da destruição causada pelo rompimento da barragem em Minas Gerais
Publicado em: 27/06/2016
Foi no dia 5 de novembro de 2015 que 50 milhões de metros cúbicos de água, terra e sobras do processo de extração e beneficiamento de minério de ferro escorreram pelo município de Bento Rodrigues, em Minas Gerais. Essa lama tóxica era fruto do rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, localizada nos municípios de Ouro Preto e Mariana. Mais de seis meses após o desastre (o maior desastre ambiental da história do Brasil), o fotógrafo Bruno Veiga decidiu produzir uma série de imagens, intitulada Deserto Vermelho, para retratar os rastros deixados pela lama na região.
Na época, a enxurrada seguiu seu curso matando e destruindo tudo pela frente. Através do rio Doce, a lama passou por 230 municípios de Minas e do Espírito Santo, até chegar ao mar em 22 de novembro. A princípio, o artista trabalhou sobre as ruínas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, mas os efeitos da enxurrada de lama no rio Gualaxo do Norte o direcionaram em seguida.
A maior parte das fotos de Veiga apresenta uma estrutura semelhante, com três faixas específicas. A primeira mostra o que restou do rio, com mais lama do que água, espesso, com aspecto coagulado; a segunda compreende a mata manchada pela enxurrada, com aspecto de coisa seca e sem vida; e na última, o verde da vegetação parece tentar sobreviver em meio ao tom de morte do lugar. A altura dos rastros de lama deixa evidente a intensidade com a qual os rejeitos atingiram a região e a grande quantidade do enxurro.
Confira as imagens:
Sobre o fotógrafo:
O fotógrafo Bruno Veiga, um dos mais talentosos de sua geração, é um observador apaixonado. Nascido no Rio de Janeiro, ele começou a fotografar nos anos 80 nos diários nacionais O Globo e Jornal do Brasil. A partir de 1990 começa a trabalhar como freelancer na Agência Tyba onde fica até 1995. No mesmo monta a Strana Agência Fotográfica. Desde 2005 Bruno Veiga é associado ao Estúdio da Gávea no Rio de Janeiro.
Na época, a enxurrada seguiu seu curso matando e destruindo tudo pela frente. Através do rio Doce, a lama passou por 230 municípios de Minas e do Espírito Santo, até chegar ao mar em 22 de novembro. A princípio, o artista trabalhou sobre as ruínas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, mas os efeitos da enxurrada de lama no rio Gualaxo do Norte o direcionaram em seguida.
A maior parte das fotos de Veiga apresenta uma estrutura semelhante, com três faixas específicas. A primeira mostra o que restou do rio, com mais lama do que água, espesso, com aspecto coagulado; a segunda compreende a mata manchada pela enxurrada, com aspecto de coisa seca e sem vida; e na última, o verde da vegetação parece tentar sobreviver em meio ao tom de morte do lugar. A altura dos rastros de lama deixa evidente a intensidade com a qual os rejeitos atingiram a região e a grande quantidade do enxurro.
Confira as imagens:
Sobre o fotógrafo:
O fotógrafo Bruno Veiga, um dos mais talentosos de sua geração, é um observador apaixonado. Nascido no Rio de Janeiro, ele começou a fotografar nos anos 80 nos diários nacionais O Globo e Jornal do Brasil. A partir de 1990 começa a trabalhar como freelancer na Agência Tyba onde fica até 1995. No mesmo monta a Strana Agência Fotográfica. Desde 2005 Bruno Veiga é associado ao Estúdio da Gávea no Rio de Janeiro.