OBRAS INÉDITAS DE AMILCAR DE CASTRO CHEGAM AO RIO DE JANEIRO

Exposição na Silvia Cintra + Box4 traz desenhos e esculturas que nunca haviam saído do Instituto Amilcar de Castro (MG).

Publicado em: 06/12/2013
O mineiro Amilcar de Castro construiu uma carreira inspiradora. O artista, famoso pelas esculturas que criou com chapas de aço e ferro recortadas em formato geométrico, é admirado pela leveza que consegue atingir, mesmo com estes materiais pesados, através de ângulos e dobras. Um dos artistas plásticos brasileiros mais importantes, chegou a cursar Ciências Jurídicas, mas abandonou o curso para estudar desenho e pintura com Alberto da Veiga Guignard e, desde então, não deixou de fazer arte mesmo em seus últimos dias (Amilcar faleceu, aos 82 anos, em 2002).



Suas obras estão nos principais acervos do país e tornaram-se referência para outros artistas brasileiros, encantando pela economia de meios e por realizarem a passagem do plano para o volume simplesmente através do corte e da dobra. 



Para homenagear este peso-pesado da arte nacional, a galeria carioca Silvia Cintra + Box4 realiza exposição que segue até dia 14 de dezembro, com séries de desenhos e esculturas em madeira que nunca haviam saído do Instituto Amilcar de Castro, em Minas Gerais.  A galerista Silvia Cintra, marchande do artista há mais de 30 anos e, atualmente, responsável pelo espólio de sua obra no Rio de Janeiro, trouxe 13 obras, sendo 8 esculturas em madeira, 2 de aço corten, 2 desenhos da série Linhas e um da série Envelope. “Decidi reunir grandes xodós do Amilcar. Trabalhos que ele terminava de fazer e me ligava para comemorar”, conta Silvia que, ao lado do Museu de Arte Moderna do Rio, organiza uma grande retrospectiva do artista no segundo semestre de 2014.





Uma das maiores conhecedoras de Amílcar de Castro, Silvia lembra que o artista não se dizia pintor. “Pintores vêem o mundo através das cores. Sou escultor. Vejo o mundo através das linhas”, afirmou o mineiro certa vez.